segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O Brunch do Olivier

Lisboa está cheia de brunchs (leiam mesmo brunches, que eu sei que vocês dizem brunches).
Dos que têm vianinhas com manteiga e doce de tomate e leitinho fresco em jarra de barro e, vá, na loucura, uns croissants e brioches… aos que têm sushi e lasanha. Os meus preferidos são os primeiros.

@themasterbedroom e seu BFF resolvem ir experimentar o brunch do Olivier Avenida.

Mas isto de “ir ao brunch” tem muito que se lhe diga. 
É que eu cá sou mãe e quem é mãe (e pai - se houver pais por aí, dedo no ar que eu quero ver-vos!) sabe que os miúdos acordam às 7h00 da manhã e não às 12h00. Parece que aquelas barriguinhas estão programadas para o leitinho das 7h30. Ou então estão bem programadinhos mas é para a Patrulha Pata que, pasmem-se, também começa às 7h30. 

Enfim. Onde eu quero chegar é que aquelas alminhas acordam às 7h00. Sendo assim, o afamado conceito de brunch é só parvo. Mais parvo ainda é saber que os (supostos) melhores brunchs exigem marcação prévia. Ou seja, cai por terra aquela cena idílica de uma noite do caraças, do acordar quando o corpo quiser e aquela sensação de perda de  noção de tempo e espaço e bora ao brunch que estou esganada. A última vez que tive disso foi para aí no secundário, não foi seguramente neste domingo. 

Bom, mas recentrando o assunto. 
Uma pessoa na véspera já sabe que vai acordar cedo no dia seguinte, com um pé enfiado na cara ou com alguém aos saltos na nossa  barriga "puque o sol já cudou". Provavelmente ainda deixa uma máquina roupa estendida e outra a lavar. 
Com sorte (ou azar) ainda troca uns lençóis, que a miúda fez xixi na cama e só demos por ela na manhã seguinte. 
Com mais sorte ainda (porque um azar nunca vem só), acabou o leite e ninguém deu por ela mais uma vez, por isso ainda se dá um saltinho ao supermercado e-já-que-estamos-aqui-até-fazemos-as-compras-da-semana e deixamos um franguinho a descongelar para o jantar.E nisto ainda estamos em jejum, porque raisparta!, se é brunch é brunch e ai de quem puser uma bolachinha de água e sal no bucho antes de serem declaradas abertas as hostilidades. 

Bom, depois de uma manhã inteira de business as usual, lá nos lembramos que também somos gente. 
Pai, segura aí as pontas, que eu vou ali fingir que acordei assim há 20 minutos, liguei a um amigo e bora daí ao Olivier. Nada combinado. 
Antes disso, escolhe-se um trapinho que nos dê um ar brunchista e não ar de quem teve a lavar lençóis com xixi, chove para caraças, mas a pessoa tem sapatos novos e quer lá bem saber da chuva (mas afinal parou de chover e ficou um dia lindo. Eu tenho uma estrelinha).

E é assim que chegamos lindos e maravilhosos ao Olivier Avenida (nós chegamos sempre lindos e maravilhosos a qualquer lado, é característica nossa. "É diretor ou diretor adjunto?" - uma private para o meu BFF que há de estar a ler este texto).  

Ambiente 5 estrelas que já conhecia - já tinha jantado por lá, mas brunch foi a primeira vez.
A oferta é variada, o Olivier está obviamente naquela segunda metade dos brunchs em que só falta mesmo o ensopado de borrego e as batatinhas a murro. Se bem que uma pessoa chega e a modos que não quer ir logo atacar à bruta, começa por um iogurtinho aqui, um suminho ali, uma panqueca porque-cheiram-tão-bem e nisto são 15h00 e ainda estamos esganados de fome, porque as 7h00 já lá vão e depois das lides domésticas o apetite está nos píncaros - sai um ensopado de borrego, sim senhor.

Bom, a minha avaliação do dito cujo (do brunch, não do ensopado - na verdade não havia ensopado, mas havia lasanha), infelizmente não é das melhores.
Não provei tudo, obviamente, apenas porque não consigo comer lasanha em jejum, nem depois de um iogurte com cereais. Preciso de pelo menos 3 horas in between, senão sai asneira.
Também não provei o sushi (que como estamos todos carecas de saber que é do Yakuza, e este último é do mesmo bom), porque o aspeto era de sushi de centro comercial, ou daquele que fica ali a rodar no tapete um dia inteiro. Quem estava comigo provou e... suspeitas confirmadas. Looooonge do que estamos habituados (somos habitués ou quê?!) no Yakuza.


Resumindo, 25€ por panquecas, iogurte, uns queijinhos e pouco mais.Anyway, valeu pelo espaço, curiosidade (estava na minha lista de sítios para experimentar), mas sobretudo pela companhia, como sempre.










Em termos de trapinhos, que é o que vocês gostam de ver, optei por um look preto e branco (#chataaaaaa).
O meu BFF, como sempre do mais stylish que há.
















4 comentários:

  1. No primeiro aspeto mencionado tenho sorte, a minha princesa sempre gostou de dormir até às 12h (e às vezes até mais, se eu deixar). É uma dorminhoca nata como a mãe (quem sai aos seus..) e por isso ao fim de semana temos o prazer de dormir até tarde cá por casa. No entanto, nunca fui a um brunch (eu cá leio branche hehe). Mas tenho que admitir que ando com curiosidade em experimentar o conceito. Obrigada pela partilha da experiência.

    Beijinhos d'a turista portuguesa

    www.aturistaportuguesa.blogs.sapo.pt

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  2. Eu adoro o do Museu do Oriente e tem babysitter, o que ajuda muito para ir em família:)
    Bjs
    Filipa

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  3. Alo,
    Eu adoro o do Museu do Oriente e tem babysitter, um plus para ir em família:)
    Bjs
    Filipa

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  4. Tenho que ir cuscar esse mudei que tanto se fala

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